Acho que não teria como escolher outro tema para este primeiro post, tinha que ser sobre Paris!
Em 2012 fizemos uma viagem de férias ficando por lá apenas 7 dias, (depois conhecemos a Croácia, Itália e Portugal), e foi o suficiente para um coup de foudre ou seja, amor a primeira vista! ♥
Claro que em uma semana em Paris não dá pra conhecer muito além do turístico, e mesmo assim muita coisa fica faltando. Subimos na torre, visitamos um pedacinho do Louvre, fomos ao Arco do Triunfo, caminhamos pelo Sena, passeamos por Montmartre, com direito ao creme brulée no café des deux moulins, é claro! (se você não faz ideia do que estou falando, precisa assistir agora o filme O fabuloso destino de Amélie Poulain, vai se apaixonar!), comemos macarons, tomamos vinho, enfim… o básico!
Pouco mais de um ano depois desembarcávamos novamente no aeroporto Charles de Gaulle, dessa vez em busca da experiência de viver por seis meses em outro país. Tínhamos resolvido quase tudo do Brasil, guardamos o dinheiro necessário, nos matriculamos em uma escola para estudar francês e alugamos através do Airbnb um pequeno estúdio para os primeiros 3 meses.
As primeiras semanas foram de intensas descobertas, todos os dias conhecíamos algo novo; parques, praças, jardins, museus, filmes ao ar livre, castelos… O tempo estava muito quente, muito mesmo! Inclusive existe um fenômeno chamado Canicule, em que fortes ondas de calor pairam sobre alguns países da Europa, e vou dizer sem exageros, é como estar na Bahia! Mas não havia um francês que não dissesse “Aproveita que o frio vai chegar!”. E é exatamente o que eles fazem, no verão o sol chega a se pôr depois das 22:00, é maravilhoso, a cidade tem uma intensa vida ao ar livre!
Claro que quando o frio chegou entendemos esse desespero todo deles de aproveitar cada raio de sol.
Tudo isso é incrível, mas é verdade que, no começo a saudade da família e dos amigos é enorme (depois também, mas vamos aprendendo a lidar com isso), mesmo tendo um ao outro, as vezes era um pouco solitário. No Brasil estávamos acostumados a sair com os amigos, passar noites e noites conversando, e lá ainda não conhecíamos quase ninguém, fora que ainda passávamos um pouco de vergonha com o francês, mesmo tendo feito algumas aulas antes de partir.
Mas depois de algum tempo na escola, alguns dos problemas foram se resolvendo, o francês melhorou e começamos a conhecer pessoas maravilhosas! É muito rico conversar com gente de todo canto do mundo, é uma troca de cultura que só é possível em uma experiência como essa.
Alguns chegavam e partiam muito rápido e infelizmente só fomos conhecer as pessoas com quem mais nos aproximamos perto do fim. Mas mesmo cultivados em tão pouco tempo, sabemos que muitos destes laços entre Brasil, Portugal, Itália, Espanha e até Turquia, serão eternos!
Ao longo desses 6 meses viajamos bastante, afinal, era esse o plano: viver uma vida diferente, aprender francês e viajar, tanto para outros países quanto para outras cidades francesas. A França tem as mais diversas e encantadoras paisagens! De praia à montanha, tudo é lindo!
Ah, e claro, a comida! O que eram aqueles queijos maravilhosos por 2 euros? E os chocolates, os vinhos, os champignons, as cervejas, os doces… hummmm, tudo tão bom e barato que só de pensar me dá vontade de voltar! Fora que ampliamos nossos horizontes na cozinha!
Acho uma pena Paris ser vista frequentemente com aquele olhar clichê de cidade romântica, resumida à Torre Eiffel e mal-educados comedores de croissant. Ela é de fato romântica, a Torre é deslumbrante e os parisienses (que não são mal-educados, muito pelo contrário) são realmente comedores de croissant (como não ser?!). Mas tem tanto além disso, ela é tão cultural, musical, artística, jovem, inovadora… fico feliz de poder ter descoberto isso tudo e me tornar uma defensora deste anti-clichê.
Simplesmente amo Paris e passaria mais alguns bons anos da minha vida por lá… quem sabe um dia? 😉
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Mari! Para estudar em Paris por 6 meses você precisou de um visto de estudante, certo? No procedimento de obtenção desse visto você precisou fazer através da Campus France, ou ela é apenas uma facilitadora? Agradeço muito se conseguir me responder! 🙂
Oi Verônica! Então, na verdade tenho cidadania italiana, e nesse caso não é necessário nenhum visto ou demais burocracias, por isso te confesso que não sei muito sobre o assunto. Encontrei um link que parece ser bem completo sobre essa questão, espero que te ajude! =)
http://www.france.fr/pt/estudar-na-franca/formalidades-administrativas-para-estudar-na-franca.html
Beijos, Mari.
Poxa, por pouco não tenho cidadania europeia… tenho bisavós alemães, mas por parte de mãe! :/ hehe mas muitíssimo obrigada pela dica do site, vou olhar agora mesmo! 😀
olá, que interessante tua experiência!
também só conheço paris por uma semana e não vejo a hora de voltar..
tô curiosa – e tentando planejar algo parecido – quanto vocês guardaram pra ficar 6 meses em paris e, ainda, viajar?
obrigadinha 🙂
beijo
Oi Mariana! Demais, se você já gostou da cidade por uma semana, vai amar morar lá! =)
Bom, juntamos aproximadamente 60 euros por dia (p/ 2) + a escola (que depende muito de qual você vai escolher, quantos dias por semana etc) + moradia (que também depende muito de onde vai ser, mas já conte que esse será o maior gasto, mesmo studios super pequenos em Paris são caros!). Claro que não gastávamos os 60 euros todo dia, na verdade durante a semana o gasto é baixo, caso você faça comida em casa e tal, então esse $ era acumulado para as viagens. Se você comprar passagens low cost e com antecedência, dá pra conhecer muitos lugares! =)
Bom, esse é um assunto bem longo rs, dei uma resumida, mas se quiser nos falamos mais por e-mail 😉
Beijos e boa sorte!
Olá,
Em que escola vc fez o curso de francês. Estou pensando em fazer um curso lá em janeiro.
Ops, foi uma pergunta: em que escola você fe o curso de francês?
Oi Aline! Então, fiz em uma pequena escola chamada EFI (http://www.efiparis.com/) Gostei bastante, apesar de não ser uma turma do começo ao fim (a cada semana podem entrar ou sair novas pessoas). Os professores são bons, todo mundo é bem atencioso e o custo-benefício foi o melhor que encontramos. Ela fica bem pertinho do Centre Pompidou.
Mari – que texto bonito voce escreveu sobre Paris e sua experiencia como residente na cidade luz! Voce tem um típico talento para a boa narração, tanto literária quanto jornalística. Quem sabe, nas voltas que a vida dá, voce não passe a exercer tambem o jornalismo. Se assim fizer estará mantendo a tradição da familia. Seu avô Domingos foi um bom publicista da causa espírita, tendo mantido um jornal bem aceito pelos seguidores do kardecismo. Aí em cima errei, pois quis me referir a seu bisavô Domingos. Seu avô Luiz, o saudoso Lelo, foi jornalista atuante a vida inteira. Este tio, que ora lhe escreve, tambem exerceu o jornalismo por mais de cincoenta anos. Paris lhe deu muita inspiração. Seu relato nos transporta para lá, como se estivessemos subindo as imensas escadarias de Sacre Coeur, ou vendo Toulose Lautrec pintando num cafe de Montmartre. Nesse seu texto tão belo estamos descobrindo mais uma vertente de seu talento. Abraço afetuoso dos tios Sueli e Dalisio a voce e ao dani.
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Nossa tio, estou até sem palavras! Você não sabe o quanto vale um elogio desse vindo de você, que tanto admiro! Fico muito feliz e surpresa de que estejam gostando tanto do meu texto… pois é, quem sabe não resolvo mudar meu caminho profissional para este lado 😉 Não é uma má ideia!
Beijos, amo vocês!
Adorei o que li, vc escreve muito bem….fiquei encantada com suas descrições..agora preciso ir também……bjs
Obrigada Silvana!!! =)
Vai sim, você vai amar também!
Parabéns Maricota! Eternamente echante pour Paris!!
Obrigada prima linda!!! =)
Mari querida muito me encantou como descreve suas experiências, vivencias.
No final deu um gostinho de quero mais….fiquei curiosa p saber pq nao subiu além do segundo andar na torre…..e para finalizar eu digo que um dia quero ir lá.
Parabens pela iniciativa. Bjs
=) Que bom que gostou!!!
Hahaha, não subimos até o último por uma confusão nos bilhetes, um dos problemas de não falar muito bem o francês no começo rs… mas depois fomos até o topo, e é maravilhoso!
Obrigada! 😉 Beijos!