Essa semana completamos um ano em terras irlandesas! Um ano de novos aprendizados, novos amigos, cervejas maravilhosas, paisagens mais maravilhosas ainda, muitas saudades, muitas conversas em inglês, trabalho, viagens e auto-conhecimento!
Muita gente pergunta o motivo de termos escolhido a Irlanda, e especificamente Cork, e a resposta é bem simples! Queríamos melhorar o inglês, e como temos a cidadania européia, vir para a Europa era o mais simples pra nós, já que a burocracia é quase zero nesse caso. A primeira opção era Londres, mas os valores absurdos nos fizeram desistir. Em seguida vinha a Irlanda, mas como não queríamos ir para Dublin, começamos a pesquisar sobre outras cidades. E foi literalmente através de uma simples busca no Google que “conhecemos” Cork e decidimos vir pra cá.
Embora seja a segunda maior cidade do país, Cork é pequenininha, é uma mistura de interior com cidade grande, e é isso que a faz encantadora! O centro é cheio de vida. Lojas, cafés, restaurantes, músicos de rua a cada esquina e inúmeros pubs!
Aliás, os pubs são a melhor coisa da Irlanda! No começo pode parecer estranho ter que pagar a cerveja na hora, e o fato de ela ser vendida em enormes copos de 500ml, mas depois de um tempo é simplesmente impossível viver sem alguns pints. Aqui você não paga pra entrar no bar, e as chances de ter uma ótima banda ou um grupo de música tradicional tocando são enormes!
E é só sair um pouquinho do centro que já dá aquela impressão de estar dentro de um filme, casinhas com jardim e muros baixos, vizinhos que se cumprimentam, crianças andando de bicicleta sozinhas…
E é claro que aqui não é perfeito, nenhum lugar neste planeta é, mas um dos pontos mais positivos é a segurança! Embora eles tenham um enorme problema com drogas e alcoolismo, e o número de moradores de rua não seja tão pequeno quanto se gostaria, nós, brasileiros, nos sentimos muito seguros! Eu voltei várias vezes do trabalho sozinha, as 5h da manhã e nunca me senti insegura (e olha que eu sou meio paranóica com isso!).
Mesmo já tendo morado fora antes, cada lugar é diferente, e a experiência é sempre outra. Aqui viemos com mais “responsabilidade”, e a primeira semana foi quase que exclusiva para encontrar um lugar pra morar, e isso é bem diferente de como funciona no Brasil, contei um pouquinho aqui.
Depois foi começar o curso de inglês, as primeiras semanas foram super difíceis pra mim, pois tenho um certo pânico de primeiros-dias-em-lugares-com-pessoas, mas pouco a pouco fui relaxando e tudo melhorou quando começamos a fazer amizades e trocar experiências com pessoas tão diferentes de nós. Algumas foram conversas rápidas, um pub ou outro, já outras se tornaram nossas pessoas especiais aqui na ilha esmeralda, e essa é uma das melhores coisas que aconteceram esse ano!
Aqui pude comprovar que a ideia tão mal falada de “subemprego” é extremamente errada! Trabalhei de cleaner (ou faxineira), e ganhava muito bem! Trabalhei no McDonalds, e ser “entregadora de hambúrgueres” nunca fez com que eu me sentisse menos valorizada do que alguém que trabalha em um escritório. E diga-se de passagem, o salário é melhor do que o de muita gente no Brasil que trabalha na área.
Só pra deixar claro, não defendo a ideia de que todo mundo deveria largar sua vida profissional e vir limpar banheiro na Europa, é só que pra mim isso funcionou melhor do que eu previa, já que desisti da minha área e ainda estou em busca do que me faz feliz profissionalmente.
Aqui desafiei minha vergonha e meus bloqueios. Fiz coisas como participar de uma sessão de desenho com pessoas totalmente desconhecidas e trabalhar como voluntária em um dos eventos culturais da cidade. Esse último foi um dos momentos mais incríveis que tive! Foi um dia inteiro fazendo coisas interessantes e totalmente novas, tendo contato o tempo todo com irlandeses e ainda provando pra mim mesma que consigo sim me comunicar em inglês, mesmo que (ainda) não da maneira perfeita que gostaria.
Nesse ano descobri que os irlandeses são pessoas adoráveis e a grande maioria canta muito bem! Que o sotaque é bem difícil, especialmente em Cork, e que o Gaélico, embora não usado no dia a dia, ainda é bem presente, e acho isso incrível, pois é a preservação da cultura deles! Descobri também que a cozinha irish não me agrada muito, mas o fato de qualquer restaurante ter pelo menos uma opção vegetariana é incrível! Descobri que apesar de detestar café e whiskey, eles funcionam muitíssmo bem juntos, no Irish Coffe! (acho que preciso fazer um post sobre bebidas e comidas irlandesas!)
E por fim, a melhor parte, viajar pela Irlanda! Esse país é sensacional, só as estradas já valem a pena com vistas incríveis e ovelhinhas pelo caminho. Aqui é barato alugar carro (especialmente se estiver em 3 ou mais pessoas), e é só dirigir por poucas horas que você chega em algum vilarejo com praias, montanhas, lagos, castelos, falésias, e até cenários de Star Wars! Mas vou poder contar mais sobre cada cantinho depois da próxima semana, quando vamos fazer uma viagem contornando o país todo!!!
E apesar de ter amado esse um ano aqui, agora é hora de dar o próximo passo, mês que vem nos mudamos para Portugal! E que comece uma nova vida cheia de novas descobertas! 🙂
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Adorei o post, Mari!
Fiz intercâmbio em Dublin em 2010/2011 e foi uma experiência incrível. Morro de saudade de Dublin – e de toda a Europa!
Boa sorte nessa nova etapa (com um certo delay hahah). Beijo
Obrigada Sophia!!! Ai, a Irlanda é tão maravilhosa, também morro de saudades de lá! Mas estou amando ter um novo mundinho aqui todo pra ser descoberto! 🙂 Beijos!