Split, uma cidade dentro de um palácio!

No caminho entre Zagreb e Dubrovnik fica a pequena Split, a capital da região da Dalmácia e segunda maior cidade do país, destino comum para quem visita a Croácia. Muita gente a inclui no roteiro como porta de entrada para as ilhas.

Alugamos um carro em Zagreb e descemos até Split fazendo uma rápida parada em Zadar, onde a maior atração é o órgão marítmo. As estradas croatas são bastante boas e usando o GPS não tivemos nenhum problema.

A parte turística e histórica  de Split se concentra exclusivamente dentro do antigo palácio do imperador romano Diocleciano, declarado patrimônio da humanidade pela UNESCO. Fora deste domínio ela não é nada atrativa!

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Com alguma dificuldade encontramos o estacionamento (que fica na parte de fora do palácio, não circulam carros por lá) e partimos para uma missão dificílima, encontrar o apartamento! Já não me lembro o nome mas reservamos pelo Booking.com e a experiência foi boa e barata.

É um pouco difícil se localizar dentro do palácio pois são várias vielas sem muita identificação e os nomes dos lugares são geralmente impronunciáveis. Uma dica é reparar nas portas dos prédios, geralmente há uma placa azul com um ícone de hospedagem e o termo “sobe”.

Na entrada da cidade velha, próximo ao Portão de Ouro (cada lado do palácio tem um portão: ouro, prata, ferro e latão) está a gigante estátua do bispo Gregório de Nin, que lutou para que os serviços religiosos fossem divulgados também na língua eslava para que todos pudessem entender, já que na época era usado para estes fins apenas o latim.

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O palácio de pedras brancas vindas da ilha de Brac foi construído a mando do imperador Diocleciano, que nasceu nesta região e comandou Roma de 284 a 305, quando abdicou voluntariamente de seu cargo. Ele era conhecido pela fama de perseguidor de cristãos. Ele encomendou aos arquitetos Filotas e Zotikos a então luxuosa construção onde passou seus últimos anos de vida. Após sua morte, o palácio virou residência do governador e foi usado ainda para escritórios administrativos.

Em 615, refugiados de Salona, vizinha de Split, se abrigaram no palácio já abandonado, após ter sua cidade destruída pelos avaros e eslavos. Neste momento, começa a surgir a cidade de Split, que com o passar dos anos foi se expandindo para além dos domínios do palácio.

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Caminhar por lá é como mergulhar no passado, áreas muito bem conservadas convivem em harmonia com ruínas, colunas greco-romanas, esfinges egípcias, esculturas e roupas penduradas para fora das janelas. Estilos artísticos e arquitetônicos se misturam, do gótico ao renascentista. Todas as ruas, praças e casas dessa região tem ares italianos, o que não é exatamente uma surpresa, já que durante um período a cidade foi ocupada por Veneza.

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Saindo pelo Portão de Latão um grande calçadão branco com palmeiras imperiais, margeia as águas do porto (Split é uma cidade basicamente portuária, sem praias na região central). Há uma maquete do palácio em alto relevo e diversos cafés e restaurantes beira-mar.

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Vale a pena subir no alto da torre do campanário da Catedral de São Domnius. O trajeto é longo, cansativo e claustrofóbico, mas a vista da cidade e do espetacular azul do mar adriático compensam o esforço.

O local era o antigo mausoléu do imperador, quando a religião católica ganhou liberdade, foi transformado em catedral onde foram colocados os restos mortais de São Domnius, padroeiro de Split, e Santo Anastácio, ambos mortos a mando de Diocleciano. No vestíbulo, que fica próximo ao campanário, costumam acontecer apresentações musicais.

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Diz-se que as galerias subterrâneas foram usadas como depósitos de lixo na ocupação da cidade pelos refugiados de Salona e que foi isso que conservou a estrutura. Hoje no local ficam diversos stands vendendo de tudo um pouco, é um bom lugar para encontrar souvenirs (e parece que a noite quem toma conta são os gatos rs).

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À noite paramos para comer no Restaurant Central, na Praça do povo (Narodni Trg) onde há um intenso fluxo de turistas, algumas lojas e restaurantes. É também onde ficam a prefeitura e a torre da guarda.

Para os carnívoros, a pedida é o porco, muito consumido pelos croatas. Já eu preferi uma massa com funghi (os cogumelos também são muito usados na culinária local) e foi uma das melhores coisas que já comi na vida, que delícia! O vinho croata, assim como a cerveja, também não deixa a desejar.

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Na manhã seguinte tomamos café em uma pekara (padaria) próxima à marina e passeamos mais um pouco pela cidade antes de partir para Baska Voda, uma praia paradisíaca e desconhecida.

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2 thoughts on “Split, uma cidade dentro de um palácio!

  1. Olá, amigos

    Gostei muito do seu relato da viagem de Split. Irei agora em maio/2016 e estou pesquisando o roteiro. Serão 10 dias, entrando por Dubrovnik. Pensei:
    03/maio. Chegada Dubrovnik retirada carro aeroporto.
    05/maio Dubrovnik / Zorda (órgão do mar)
    06/maio Lagos Platvice (dormir em Split)
    08/maio HVAR
    11/maio HVAR/Dubrovnik pelo outro lado da ilha

    O que acha, alguma sugestão?
    Abs,
    Paulo

    1. Oi Paulo, que bom que gostou, obrigada! =)
      Então, pelo tempo que você tem, e como estará de carro, sugiro uma pequena adaptação no seu roteiro. Eu faria da seguinte forma, começaria por Dubrovnik, seguiria até Split, de lá iria para Hvar, voltando iria para Zagreb (passando por Zadar) e de lá faria um bate-volta para os lagos, (dá pra dormir no parque também). Não conheci mas talvez você consiga incluir a cidade de Pula também, parece interessante!
      Espero ter ajudado! Qualquer dúvida é só falar.
      Mari.

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