Uma viagem para Morro de São Paulo tem que começar de algum outro ponto da Bahia e normalmente a escolha é por Ilhéus ou Salvador. Nossa opção para a segunda vez na ilha foi a capital baiana.
Chegamos ao Aeroporto Deputado Luís Eduardo Magalhães na tarde de uma quinta-feira para passar a noite na cidade e na manhã seguinte partir para o nosso esperado destino. O ônibus Aeroporto-Praça da Sé leva aproximadamente 2 horas até o centro da cidade e o valor é R$3,50, mas se quiser algo mais rápido e confortável existem ônibus que vão direto ao centro, se não me engano por R$30,00.
Como a ideia era só passar a noite, busquei uma localização estratégica para aproveitar as poucas horas que teríamos na cidade e ao mesmo tempo ficar próximo ao local onde pegaríamos o catamarã no dia seguinte. Esse lugar é a Praça da Sé, entre o Pelourinho e o Elevador Lacerda, que desce para o porto de onde saem os barcos para Morro.
Se seu objetivo for esse, é uma boa opção, porém definitivamente não recomendo o hotel em que ficamos. Se chama Arthemis, ocupa o último andar de um prédio bastante suspeito, tem um café da manhã bem razoável e um banheiro deplorável (e olha que eu nem sou fresca com essas coisas)! Mas enfim, tudo tem seu lado bom e nesse caso o ponto positivo, além da localização, era essa vista espetacular!
Saímos para conhecer a cidade, começando pela Praça Thomé de Souza onde fica o lindo prédio da Prefeitura Municipal e o cartão postal da cidade, o Elevador Lacerda. Ele não tem grandes atrativos, é mesmo “só” um meio de transporte para ir da parte alta à baixa da cidade e vice-versa. O valor é R$ 0,15.
Já lá em baixo, passamos pelo Mercado Modelo (não entramos mas dizem ser um bom local para comprar souvenirs) e paramos no prédio logo atrás para comprar a passagem para Morro de São Paulo.
Minha primeira impressão de Salvador não foi das melhores, os poucos lugares pelos quais passamos eram bastante sujos e a sensação de insegurança era constante, além dos soteropolitanos, que foram bem pouco acolhedores.
Mas nem tudo foi tão ruim assim, além de ganhar esse lindo pôr do sol, eu amei me perder pelas ruas fofas do Pelourinho!
Falando do “Pelô”, lá a coisa é bem diferente! Policiais estão presentes em cada esquina, garantindo a sensação de tranquilidade, mas, como disse o funcionário do hotel que ficamos, há um perímetro onde é seguro andar, algumas ruas para o lado a coisa já se torna meio perigosa. Enfim, é aquela triste realidade desigual do Brasil que conhecemos muito bem! 🙁
O fato é que o lugar é uma graça! Pelas ruas de paralelepípedo fitinhas coloridas do Senhor do Bonfim, igrejas barrocas, casas coloridas e restaurantes com aroma de dendê!
O ponto mais famoso é com certeza o largo em frente à Fundação Casa de Jorge Amado, onde em 1996 Michael Jackson gravou com a participação super especial do Olodum, o clipe da música “They Don’t Care About Us” e com isso internacionalizou o local.
Claro que por ser o lugar de maior visitação é também onde tem a maior quantidade de gente tentando te vender colares, pulseiras, fitinhas do bonfim…
Depois de muito subir e descer ladeiras, a fome bateu e fomos procurar uma comidinha baiana para fechar a noite.
O restaurante que escolhemos foi o Dona Chika-ka. Mesinhas na calçada, clima agradável, cerveja gelada, pirão e uma deliciosa moqueca de peixe com camarão, recomendo! O engraçado foi ver como eram feitos os pedidos: uma funcionária lá em baixo colocava o pedido em uma cestinha que era puxada por outra lá em cima, assim que os pratos estivessem prontos, desciam pelo mesmo sistema, simples e genial! Rsrsrs.
O endereço é: Rua do Açouguinho, 10
Não achei Salvador um destino fantástico, mas também só conheci um pedacinho, então acho que nem é justo já dar um veredito final! 🙂
Leia também algumas dicas sobre Morro de São Paulo.
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