A nova série da Netflix, Lupin, sobre um homem que se inspira nas aventuras fictícias do ladrão Arsène Lupin para vingar o pai de uma injustiça, tem como cenário principal Paris, mas em um dos episódios os protagonistas fazem uma viagem para Étretat, um dos lugares mais lindos que conheci na França!
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Em 2013, quando morávamos em Paris, decidimos fazer um bate-volta para Étretat. A pequena cidade litorânea fica na região da Alta-Normandia, no norte da França. O mais comum para chegar à partir de Paris é pegar o trem (aproximadamente 2h30) até à cidade portuária de Le Havre e de lá um ônibus até Étretat.
Ao chegar, descobrimos que o ônibus demoraria quase 1h pra sair e não tínhamos tanto tempo assim, já que só iriamos passar o dia. Fomos então ver o valor da corrida de táxi. Não tínhamos muita noção da distância mas sabíamos que não era tão longe.
Aqui começa um episódio cômico, se não tivesse sido tão trágico e despendioso no dia! Ao negociar o preço, eu ouvi o motorista dizendo sixteen e, achando um bom valor, entramos no carro. Quando o taxímetro passava dos 20€, comecei a ficar brava, achando que ele tinha nos enganado. Quando chegou a 30€ e ele nos mostrava feliz e tranquilo as vaquinhas na estrada, comecei a perceber que tinha algo errado… Sempre tive problemas em diferenciar o som do sixteen e do sixty!
Resumindo, gastamos 60€ em alguns minutos de carro! Ao chegar no tão sonhado destino, só conseguia chorar de desespero pela minha estupidez. Enfim, acontece!
Passado o choque, olhei para a incrível paisagem à minha frente e vi que mesmo assim o dia seria maravilhoso! A praia de Étretat é de pedras, como em grande parte da Europa, o mar em tons de azul e verde é cercado pelas enormes falésias brancas de calcário, que são as atrações principais do lugar.
Com a maré baixa é possível entrar em uma de suas grutas e ter uma vista diferente, “de dentro” do mar. Porém, o responsável pelo local é bem enfático ao pedir para as pessoas se retirarem quando chega o horário de a maré subir. Há inclusive uma placa dizendo que a parte superior da “caverna” é segura, e que caso você esteja lá dentro é necessário esperar ali até a maré baixar para poder descer.
Um calçadão separa a praia da cidade e liga as duas subidas para caminhar por cima das falésias. Começamos pela da esquerda, a Falaise d’Amont. Certa vez, o escritor francês Guy de Maupassant a comparou a um elefante molhando a tromba no mar, e depois de vê-lo, fica difícil enxergar outra coisa!
A vista quase completa de todo aquele conjunto natural com a pequenina cidade de Étretat no meio é magnífica! A caminhada é longa, mas com tantas paradas para admirar o visual, não fica tão cansativo.
De volta à base, passamos no mercado para fazer um lanchinho rápido e continuar. Se tiver com tempo (e gostar), a especialidade da região são as ostras. Para os mais básicos, a gallete (uma variação do crepe) também é muito tradicional.
Jardim de Monet, um sonho realizado!
Mont Saint-Michel, um dos destinos mais fantásticos da França
A Falaise d’Aval, do lado direito da praia, é menos extensa. Depois de uma subida íngreme avista-se a charmosa capela de Notre-Dame de la Garde, toda de pedra! Ela foi destruída durante a 2ª Guerra mundial e reconstruída em 1950.
Atrás dela, um monumento homenageia os aviadores Nungesser e Coli, os primeiros a tentar cruzar o oceano atlântico norte.
Étretat, que já foi uma vila de pescadores, é hoje destino comum dos parisienses nas férias de verão. Além da natureza exuberante, o conjunto de casinhas de madeira no centro da cidade parece ter saído de um cenário de filme.
Tenho certeza que esse foi um dos melhores bate-volta que já fiz na vida! E garanto que Monet concordaria comigo, ele era um grande fã de Étretat e a retratou em diversos quadros, como esses das imagens abaixo.
No site oficial há informações sobre as atrações, assim como hospedagem e alimentação: www.etretat.net
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Que lugar lindo! Acho que nunca tinha ouvido falar!!! E o mar é próprio pra banho ou como muitos da Europa é só pra olhar? hehe
Poxa, gastar EUR 60 no taxi é de doer o coração! :O
Oi Verônica! Nossa esse lugar é lindo demais mesmo, e não é muito conhecido pelos não-franceses rs, ainda bem! =) O mar é beeeeem gelado! Mas eles entram mesmo assim rs. Beijos.