Montmartre, cantinho boêmio do 18º arrondissement de Paris onde já viveram e criaram, artistas como Picasso, Van Gogh, Toulouse-Lautrec e muitos outros. O bairro é dividido entre o extremamente turístico e o originalmente parisiense. É artístico e inspirador, cenário de filmes e um bom lugar para ver a vida passar.
Confira aqui 10 coisas interessantes para fazer por lá. Algumas bem turísticas, (afinal, Paris é uma das cidade mais visitada do mundo, não tem como fugir) e outras mais desconhecidas. Aproveite para sentar nos terraços dos cafés, flanar pelas tortuosas ruas e descobrir pessoalmente por que Montmartre é um dos lugares mais sympas de Paris!
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1. Basílica de Sacré Cœur
Esse é o ponto mais famoso e mais procurado pelos visitantes.
Ao descer no metrô Anvers, você pode optar pelo caminho do mundo, a Rue de Steinkerque. É uma daquelas ruas extremamente lotadas de turistas, com lojas de souvenirs do começo ao fim, vendedores ambulantes e golpistas (leia aqui como evitar golpes em Paris), mas, ainda assim acho que vale a pena passar por lá por um único motivo: a loja de guloseimas La Cure Gourmand! Uma amiga me apresentou os biscoitos de framboesa e me apaixonei! A loja é linda e é tudo uma delícia!
Ao chegar no topo da rua você já estará na praça com um tradicional carrossel na base da igreja. Fique bem atento por aqui pois é onde ocorre a maioria dos golpes! Se for abordado por alguém tentando acertar sua nacionalidade em todas as línguas, fuja!
Aqui você pode optar por pegar o funicular ou subir as imensas escadarias a pé. A não ser que tenha problemas de mobilidade ou esteja realmente exausto, eu recomendo a segunda opção, é um pouco cansativo mas vale a pena.
Ao chegar lá em cima, a vista é maravilhosa! Tem um painel apontando tudo que é possível enxergar (obs. Desse ponto não dá pra ver a Torre Eiffel, mas há um pequeno caminho na lateral da basílica onde você pode vê-la por entre as grades. No pôr-do-sol fica uma imagem linda).
Não há custos para conhecer o interior da basílica. Construída por Paul Abadie no estilo arquitetônico romano e bizantino, ela é toda feita em mármore Travertino, responsável por sua coloração branca. Uma das partes mais interessantes é o detalhado mosaico no teto do altar. É possível subir na cúpula para ter uma bela vista da cidade em seu ponto mais alto.
Dizem que os parisienses torcem um pouco o nariz para ela. Eu particularmente, apesar de ultra turística, acho maravilhosa!
Basílica de Sacré Cœur | 35 Rue du Chevalier de la Barre | www.sacre-coeur-montmartre.com
2. Place du Tertre
Bem próxima à Sacré Cœur, a Place du Tertre é outro ponto bastante visitado. Dominada por artistas retratando turistas em caricaturas ou desenhos realistas e rodeada por restaurantes, creperies e lojas de souvenirs (Montmartre é o lugar ideal para comprar lembrancinhas), é um lugar agradável e animado.
Tive a oportunidade de vê-la decorada para o Natal e achei que ficou ainda mais mágica!
3. Espaço Dalí
Este é um dos incríveis programas fora do roteiro turístico da região. Em uma ruela bem próxima ao pólo mais agitado de Montmartre, o Espace Dalí passa quase despercebido.
A exposição permanente conta com diversas obras do artista surrealista Salvador Dalí, incluindo quadros, desenhos, colagens, esculturas e objetos como o famoso Sofá-lábios. A lojinha de souvenir é uma das mais tentadoras.
Espace Dalí | 11, rue Poulbot | www.daliparis.com
4. Raclete à l’ancienne
Uma das melhores coisas para fazer em Paris é experimentar a raclete, um prato típico da Suiça, porém muito apreciado e consumido pelos franceses. É um pouco semelhante ao fondue, mas no caso da raclete o queijo é colocado em um rechaud e assim que derrete, cada um derrama seu pedaço de queijo sobre batatas cozidas, embutidos, entre outros.
Esse prato é facilmente encontrado nos restaurantes franceses, mas certo dia conhecemos sem querer no restaurante La Pierrade a Raclete à l’Ancienne. Nesse caso, um enorme pedaço de queijo é colocado em um instrumento bem peculiar para fazê-lo derreter, depois funciona da mesma forma, você raspa sobre os acompanhamentos.
É uma delícia, mas é realmente gigante! O ideal é dividir em pelo menos umas 4 pessoas. Claro que não sabíamos disso e passamos a noite toda recebendo olhares curiosos e até um pedido para tirar um foto com o queijo! 😂
La Pierrade | 93 Rue des Martyrs | Facebook La Pierrade
5. Passa Muralhas
Em uma pracinha muito agradável na descida da Rue Norvins está a curiosa estátua de um homem atravessando um muro, é o Passe-Muraille. A escultura de Jean Marais representa o personagem de um livro homônimo do escritor Marcel Aymé que tem o dom de atravessar paredes e era morador de Montmartre.
Le Passe-Muraille | Place Marcel Aymé
6. Café des Deux Moulins
Os apaixonados por Amélie Poulain se realizam em Montmartre, onde diversos locais foram cenários para o filme “O fabuloso destino de Amélie Poulain”. O Café des Deux Moulins é o mais icônico deles, situado em uma esquina da Rue Lepic.
O ambiente sofreu algumas mudanças e hoje é “só” mais um café como muitos outros em Paris, porém com o preço bem mais alto por conta dos turistas. Mas, como fã do filme devo confessar que mesmo assim vale a pena conhecer. Na entrada do banheiro ficam expostos vários objetos como o duende e algumas polaroids. Nos fins de tarde, músicos animam o happy-hour e o lugar fica bem cheio!
O carro-chefe é o crème brulée, claro! Há um pequeno combinado com o doce mais um café que sai por volta de 8 euros. É caro, comparando com outros lugares da cidade, mas onde mais faria tanto sentido quebrar a casquinha de um crème brulée com a colher?
Café des Deux moulins | 15, Rue Lepic | cafedesdeuxmoulins.fr
7. Le Mur des Je t’aime
Pertinho da estação de metrô Abesses (que inclusive tem uma linda entrada!) fica o Mur des Je t’aime, um enorme painel de azulejos azuis criado por Frèdèric Baron em parceria com a caligrafista Claire Kito, onde a frase “Eu te amo” aparece mais de 300 vezes escrita em diversos idiomas e dialetos.
A obra, inaugurada no ano 2000, tem a ideia de unificação de povos e pessoas em uma época de conflitos e violência.
Le Mur des Je t’aime | Square Jehan Rictus
8. Arte de rua
Seguindo a linha do item 7, as ruas de Paris são um convite aberto aos amantes da street art e estão ainda mais presentes em bairros tão ecléticos e artísticos como este.
Não tenho um endereço específico a sugerir. Com um olhar atento aos detalhes você encontrará stencils, colagens, grafites e intervenções por todos os lugares. Sem contar os músicos de rua e apresentações incríveis!
9. Vinhedo urbano
Entre as peculiaridades de Montmartre está o Clos de Montmartre, um vinhedo bem no meio da cidade, idealizado pela prefeitura para revitalizar um terrreno baldio ocupado por moradores de rua. No começo a qualidade do vinho não era das melhores, mas após o processo ganhar o acompanhamento de um enólogo, a qualidade subiu bastante.
Não é aberto ao público, porém no começo do mês de outubro ocorre a Fête des vendages, uma festa para celebrar a colheita das uvas e vender os vinhos produzidos (por em média 40 euros, o que é uma exorbitância por lá). A renda se destina a projetos sociais e de melhorias para o próprio bairro. Dizem ser um evento muito animado, com várias atividades, degustações e uma grande queima de fogos.
Clos Montmartre | 12 rue Cortot
10. Moulin Rouge
Para mim o Moulin Rouge sempre foi o ponto menos interessante de Montmartre. É verdade que nunca entrei para conferir o show (que custa uma fortuna), mas a fila de turistas arrumadinhos na porta é sempre grande. De qualquer forma, se tem interesse em cabarés e afins pode continuar pelo Boulevar de Clichy que encontrará a maior diversidade deles, além de sex shops, salas de “cinema” e até o Museu do erotismo.
Moulin Rouge | 82 Boulevardd de Clichy | www.moulinrouge.fr
Localize todos esses pontos aqui no mapa!
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Me hospedei em Montmartre na minha visita a Paris em Setembro, adorei o bairro. É o tipo de lugar que faz você se sentir em casa em poucos dias! O bairro realmente é muito rico de cultura! As vezes pode ser um pouco “assustador” se você não conhece, pois têm muitos imigrantes, ambulantes te abordando, mendigos, etc, mas nada que você não veja no Brasil né? É uma mistureba completa, mas um bairro encantador! <3
Com certeza Verônica, apesar de ser super turístico (e isso atrai ambulantes, golpistas etc), Montmartre também é bastante acolhedor, sempre há algo interessante rolando por lá! 😉